A cabine de Fotográfica virou consultório mèdico?
A Unimed Grande Florianópolis desenvolveu um projeto que chega para revolucionar a atenção com a saúde. A novidade são as cápsulas de pronto atendimento de telemedicina Doctor-U.
Instalada em locais distintos de cidades como Florianópolis e Tijucas, a cápsula de telemedicina tem as ferramentas para promover o contato imediato com o médico.
Para a pessoa, usar a cápsula é muito fácil. Ela entra na cabine e digita o CPF em um tablet para iniciar o processo interativo em máquinas de aferição e medição. Por comando de voz, são dadas as instruções para que o cliente realize as aferições de temperatura, altura, peso, IMC (Índice de Massa Corporal), pressão arterial, frequência cardíaca e percentual de gordura. Feitas as aferições, o paciente confere na hora os resultados e opta por prosseguir ou não com a teleconsulta. A conexão entre médico e paciente ocorre em poucos instantes e está disponível 24 horas por dia, todos os dias da semana
Para o presidente da Unimed Grande Florianópolis, Théo Fernando Bub, a tecnologia empregada democratiza o acesso à saúde. “Se a pessoa tem alguma dúvida sobre algo relacionado à saúde, vai até a cápsula e pergunta ao médico”, complementa.
Todas essas informações geram um relatório que se integra ao prontuário do paciente e serve como base para o médico prosseguir com o passo seguinte do atendimento, que é a teleconsulta pelo sistema da argentina Doc 24. Para o beneficiário, a consulta online ocorre dentro da própria cápsula, enquanto o médico encontra-se em seu consultório, conectados via telemedicina. Caso o profissional de saúde identifique a necessidade de consulta presencial, o mesmo é providenciado.
Na China, essas cápsulas já são uma realidade, e estão nas ruas. De acordo com o CEO Richard Oliveira, as cápsulas de atendimento são vistas no Brasil como algo impossível. “Pensávamos em algo para digitalizar o atendimento médico e se colocar ao lado das pessoas. A telemedicina já tinha sido lançada, então agora é um passo a mais”, diz.
A telemedicina já è uma realidade, mas ainda é autorizada apenas em caráter excepcional através da lei 13.989/20 de abril de 2020 e a resolução do CFM 1643/02.
Contudo este deve ser um caminho sem volta que recebe força com a Lei Geral de Proteção de dados pessoais que garante proteção para as informações do paciente.
Inovação em saúde somente é possível se as novas implementações ou dispositivos forem atrelados a baixo custo e melhora da qualidade de vida dos pacientes. Infelizmente baseado nestes conceitos ( Porter - 2006) podemos dizer que isto não é uma realidade. O sistema baseado no fee for service e no alto custo de novas tecnologias não democratização a saúde e necessariamente não são traduzidas em benefício único da melhora dos desfechos relacionados a vida do paciente. Novas HealthTechs e a telemedicina serão instrumentos para esta nova revolução da medicina.
Este será o novo normal!
fonte: Revista Medicina SA